Camaradas e Amigos, a todos uma saudação pela vossa
presença, numa jornada de luta marcada pelo PCP pela defesa da reabertura da
linha de passageiros de leixões, mas também pela defesa no investimento no
transporte público num distrito onde as deslocações continuam a ser
maioritariamente feitas em transporte individual, incluindo dentro da Área
Metropolitana do Porto (AMP) com mais de 80% das deslocações diárias, segundo
os mais recentes estudos.
A redução tarifária deu um contributo importante para o aumento da procura dos transportes públicos, mas sem um significativo reforço da oferta e da qualidade do serviço dificilmente se irá tão longe quanto necessário. Por exemplo, O Metro tem hoje, no plano metropolitano, um papel fulcral que confirma a necessidade de melhoria e alargamento da rede Metro, com a conclusão dos troços em curso e da rede projetada (ligação à Trofa; linha de Valbom com ligação a Gondomar; Linha do Campo Alegre; Linha das Devesas; Linha de São Mamede; Linha da Maia, a partir do hospital São João), o reforço de composições e trabalhadores, mas também da salvaguarda da capacidade de manutenção do equipamento na região, na empresa pública, a EMEF, agora integrada na CP.
A necessária valorização do transporte ferroviário, passa
por medidas como a reabertura da linha de Leixões a passageiros.
A Assembleia da República aprovou em 2018 a Proposta do
Grupo Parlamentar do PCP para a reabertura do serviço ferroviário de
passageiros entre Leixões e Ermesinde, com ligação a Campanha.
A reabertura da Linha de Leixões é uma decisão estratégica no quadro da mobilidade regional e um passo decisivo que permitirá Servir importantes núcleos populacionais de Matosinhos, Maia, Porto, Valongo e Gondomar, numa estimativa de abrangência populacional de 250.00 Passageiros; Unidades industriais e empresas estratégicas para a região como a EFACEC; Milhares de estudantes que frequentam o Pólo Universitário da Asprela/S. João;
Em geral a população do distrito, particularmente do seu interior, porque o serviço permitirá a ligação com 10 linhas da STCP, a rede de metro do Porto (Estação do Senhor de Matosinhos, Esposade, Araújo e Estádio do Dragão) e cruza com as rodovias estruturantes do norte do País (A28, A4, A3, VRI, N13, N14).
A proposta do PCP, fundada numa estreita ligação aos problemas da mobilidade regional, aproveitando as potencialidades desta linha de leixões, electrificada ainda no final do século passado, prevê a construção de um conjunto de infra-estruturas que vão garantir um serviço de qualidade, nomeadamente:
1) construção de uma Estação Intermodal de Passageiros de Leixões com estacionamento no terreno da APDL e interligação modal com o Metro na Estação Senhor de Matosinhos;
2) dois novos apeadeiros na Arroteia/Leça do Balio e EFACEC (a poente da Via Norte);
3) intervenções para melhoria da plataforma e abrigo para passageiros e rampas de ligação nas estações de Leça do Balio e São Mamede de Infesta;
4) intervenções para melhoria da plataforma e abrigo para passageiros em S. Gemil e Ermesinde;
5) reativação da estação de Guifões, Ponte do Carro, Gondivinho e Araújo
6) a criação da Estação do Pólo Universitário da Asprela, no Porto, junto ao Hospital de S. João.
A reabertura da linha de leixões, acompanhada de um conjunto de investimentos nas actuais e novas infra-estruturas, é uma decisão estratégica no quadro da mobilidade regional multi-modal e, provavelmente, o passo mais decisivo em termos de mobilidade regional nos concelhos do limite norte da cidade do Porto.
Exige-se agora a tomada de medias, por parte de governo, de
forma a operacionalizar a proposta que a Assembleia da República aprovou.
E podem contar com o PCP pela luta pelo transporte publico e cá estaremos mais vezes pela justa reivindicação da abertura da linha de passageiros de leixões e como pelo Transporte Público