quinta-feira, 28 de abril de 2022

CDU responsabiliza Câmara por falta de monitorização da qualidade do ar na Maia

A CDU denunciou hoje, na Assembleia Municipal, a falta de monitorização de poluentes no centro da cidade da Maia que acontece há vários anos, responsabilizando a Câmara Municipal pela falta de vigilância sobre o funcionamento da estação localizada na Avenida D. Manuel II, junto ao Estádio Municipal. Na oportunidade, a deputada em substituição, Cátia Martins, alertou também para problemas de insegurança junto do Cemitério de Vermoim II.

    

Intervenção de Cátia Martins

 Quem consulta os dados da Rede de Monitorização da Qualidade do Ar gerida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte verifica que, desde há vários anos, 15 das suas 22 estações raramente ou nunca efectuam as medições das concentrações de poluentes, dos quais se destacam o ozono troposférico, o dióxido de azoto e as partículas finas inaláveis PM10, responsáveis por um grave problema de saúde pública.

Segundo a Agência Europeia do Ambiente, centenas de milhares de mortes prematuras no espaço da União Europeia estão diretamente relacionadas com aqueles poluentes, devido a doenças respiratórias graves, sendo de destacar as partículas finas, responsáveis por pelo menos 307 mil óbitos, bem como o dióxido de azoto, ao qual são atribuídos pelo menos 50 mil.

Consultando com maior detalhe os dados daquela rede, verifica-se que a estação de monitorização localizada em pleno centro da Maia, na Avenida de D. Manuel II, é das mais afetadas pela notória falta de investimento da CCDR-N na manutenção e na reabilitação dos equipamentos.

Mas o comportamento irresponsável da CCDR-N, quaisquer que sejam as justificações dos seus dirigentes, não pode isentar de culpas a Câmara Municipal da Maia. Mesmo não cabendo à autarquia a gestão daquele equipamento, é seu dever velar permanentemente também pela efectiva vigilância do funcionamento dos equipamentos e defender o direito das populações à informação sobre a qualidade do ar no seu território.

 

Numa recente visita à zona do Xisto, eleitos e activistas da CDU verificaram a existência de situações de risco, especialmente para as crianças que brincam nas imediações dos terrenos de ampliação do Cemitério de Vermoim II, vedados com chapas, várias das quais derrubadas e perigosas. Por outro lado, a vedação das obras para o futuro cemitério judaico é constituída por uma rede perigosa, porque em material cortante.

 

Disse.