segunda-feira, 28 de junho de 2021

CDU defende bolsa municipal de terrenos para habitação pública e cooperativa


O Grupo Municipal CDU voltou a insistir, na sessão desta segunda-feira da Assembleia Municipal, na necessidade de o Município constituir uma bolsa própria de terrenos destinada à construção de habitação pública, à promoção de habitação cooperativa e de autoconstrução e, ainda, à moderação dos preços dos terrenos para combater a especulação imobiliária.  

Intervenção de Carla Ribeiro

 

A CDU analisou o Inventário e Relatório de Bens à data de 31 de dezembro de 2020, no qual continua a expressar-se um importante conjunto de bens imóveis, tanto no domínio privado do município  como no domínio público.

Gostaríamos de continuar a salientar, tal como o fizemos anteriormente, a posse de um considerável  número terrenos, e de entre esses, um significativo lote de 761 terrenos com capacidade construtiva, no valor de 47,5 milhões de euros e 961 terrenos dentro do perímetro urbano, no valor de 20,3 milhões.

Certamente, “lotes” de importância estratégica e apelativas para a especulação imobiliária, mas tão importantes para desenvolver políticas de solos que respondam às necessidades das populações, nomeadamente as habitacionais que como todos sabemos assumem preços especulativos e que nem esta pandemia resfriou.

 

Assim, voltamos a questionar:

1.º - Em geral, que destino pretende dar a Câmara Municipal a esses terrenos?

2.º - Que fracção desses terrenos pretende o Executivo alocar a uma bolsa destinada especificamente à construção de novos fogos de habitação pública? 

3.º Que fracção pretende igualmente o Executivo integrar numa bolsa destinada à promoção cooperativa de habitação e à autoconstrução?

 

E por fim, no espaço de um ano, a Câmara vende 20 terrenos em aglomerados urbanos com capacidade construtiva  (781-761) num negócio que lhe rende menos de 500 mil euros?

 

Disse.