sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Carta Educativa voltou à Assembleia Municipal, agora com parecer

 

Carta Educativa do concelho da Maia aprovada com abstenção da CDU 

Valeu a pena a defesa intransigente da legalidade que a CDU fez na sessão da Assembleia Municipal de 25 de Janeiro, forçando a retirada da Carta Educativa da ordem de trabalhos por falta de Parecer do Conselho Municipal de Educação. O documento, que o Presidente da Câmara e a bancada da maioria juravam a pés juntos existir, teve afinal de ser elaborado e aprovado uma reunião extraordinária daquele órgão em... 8 de Fevereiro. Na votação, hoje, a CDU absteve-se.    



Intervenção de Carla Ribeiro


A CDU congratula-se pelo regresso da Carta Educativa a este órgão deliberativo municipal, sanadas todas as questões legais e semânticas que a acompanhavam, nomeadamente a falta de parecer do Conselho Municipal de Educação (reunido posteriormente a 8 de Fevereiro para o efeito).

A apreciação crítica feita pela CDU ao documento apresentado pelo executivo mantém-se, salientando-se os seguintes aspectos:

-          o decréscimo e envelhecimento da população, resultado do desinvestimento nas políticas de natalidade e laboral, das políticas municipais de atractividade da população jovem e de incentivo às famílias, designadamente quanto a oferta de habitação, berçários e creches;

-          a desigualdade intra-municipal nos investimentos realizados ou a realizar, que dão maior ou menor atractividade – presente e futura – das freguesias menos urbanizadas e com menos população. Assim, será de extrema importância que o investimento do Município tenha como objectivo o crescimento harmonioso e a garantia de equipamentos e serviços às populações em todas as freguesias;

-          A questão da mobilidade, em especial quando se refere a dificuldade de mobilidade radial dentro do concelho e se identifica com clareza como "fraqueza" a rede de transportes, por todos reconhecida como manifestamente insuficiente e deficiente fora do núcleo central da Maia e especialmente nas freguesias mais periféricas;

-          E, por fim, a falta de recursos humanos nomeadamente de assistentes operacionais (fraca atractividade das funções e perfil dos candidatos desajustado), cuja solução municipal apontada é contratar  em regime de outsourcing… precariedade e baixos salários.

 

Disse.