Alterações dramáticas na costa portuguesa |
Por proposta do Grupo Municipal CDU, foram retiradas para reagendamento para discussão aprofundada e deliberação pela Assembleia Municipal dois importantes documentos estratégicos que a Câmara Municipal se limitava a dar conhecimento aos eleitos no órgão deliberativo. Trata-se do Plano de Acção para a Energia Sustentável da Maia 2030 e do Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas.
Por exemplo, em relação aos objectivos da União Europeia para a redução dos gases com efeito de estufa (GEE), responsáveis pelo aquecimento global, o recente Conselho Europeu aprovou já a nova meta, passando de 40% para 55% até 2030, relativamente aos valores de 1990, para conter o aumento da temperatura em 1,5 graus Celsius.
Intervenção de Alfredo Maia
Tratava-se, essencialmente, de
reconduzir à discussão política – e, por conseguinte, dos eleitos no órgão
deliberativo do Município – de instrumentos que, tendo embora um suporte
técnico essencial, não dispensam, nem podem dispensar precisamente a apreciação
e a eventual deliberação política por parte desta Assembleia.
Uma ponderação mais cuidada da
natureza dos documentos e das suas implicações leva-nos, por outro lado, a
concluir que os referidos pontos apresentados a esta Assembleia Municipal como
destinados a mero conhecimento terão, pelo contrário, de ser submetidos a
apreciação para votação.
Salvo melhor entendimento, é o
que determina o disposto na al. h) do n.º 1 do Art.º 25.º da Lei n.º 75/2013,
estabelecendo que cabe à Assembleia Municipal “aprovar os planos e demais
instrumentos estratégicos necessários à prossecução das atribuições dos
municípios”.
Nestes termos, o Grupo Municipal CDU propõe:
1.º - A retirada dos referidos
pontos da Ordem do Dia da presente sessão; e
2.º - O reagendamento da
discussão dos documentos em causa para aprovação em sessão na qual lhes seja
dedicado tempo adequado, a acordar em reunião de Mesa e de líderes.