segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

CDU contra transferência de competências

Educação deve continuar a ser uma competência da Administração Central 


O Grupo Municipal voltou a insistir na rejeição total da transferência de competências nas áreas da Educação, Saúde e Acção Social para os municípios, por considerar que cabem ao poder central para serem garantidas a todos os cidadãos em condições de igualdade, alertando que, nos projectos do Governo, não passam de uma perigosa transferência de encargos.


Intervenção de Alfredo Maia

 

O Grupo Municipal CDU – Coligação Democrática Unitária vota favoravelmente a proposta de recusa da transferência de competências para os municípios nos domínios da Educação, da Saúde e da Acção Social para o ano 2021, apresentada pela Câmara Municipal.

No entanto, a CDU declara que apenas converge com o Executivo quanto ao sentido de voto, afastando-se daquele quanto aos fundamentos.

Como sempre afirmaram os eleitos da CDU, o problema não reside em questões de oportunidade, ou de falta de tempo para preparar a chamada transferência de competências que, na realidade, não passa de uma transferência de encargos para as autarquias.

Para a CDU, estão fundamentalmente em causa funções e domínios do Estado que, pela sua natureza de serviços públicos essenciais, que devem ser asseguradas a toda a população portuguesa em condições de igualdade e qualidade, segundo critérios únicos de políticas públicas e cuja execução e controlo esteja subordinada a direcções únicas, são insusceptíveis de municipalização.

Com efeito, a municipalização desses serviços acentuaria as desigualdades que ainda persistem, pois o seu desempenho estaria demasiado dependente de condições – financeiras, de orientação política, etc. – muito diversas de região para região, de município para município, assim como agravaria a deterioração de muitos desses serviços, penalizando as autarquias e desresponsabilizando o poder central.

 

Os eleitos da CDU – Coligação Democrática Unitária