segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Variante à N14 não deve entrar em serviço sem passagem pedonal segura

Passagem "provisória" na Rua de Serafim Cruz

Os deputados da CDU na Assembleia Municipal da Maia defenderam, na sessão desta segunda-feira, que a Variante à Nacional 14 no Castêlo da Maia não deve abrir ao tráfego enquanto não estiver construída uma passagem que permita a travessia segura, pelo menos de peões, entre Gondim e Avioso, com o restabelecimento da Rua de Serafim Cruz.


A posição dos eleitos da CDU, que estão a acompanhar a situação com visitas à zona afectada e contactos com a população, foi manifestada numa interpelação ao presidente da Câmara Municipal, que não prestou qualquer informação à Assembleia, apesar de ter garantido nos meios de comunicação social que a situação iria ser resolvida.

A CDU, que ainda na manhã de hoje voltou ao local, pode garantir que nada está a ser feito.        

Intervenção de Alfredo Maia

Na informação a esta Assembleia, dedica o Senhor Presidente um extenso ponto às vias municipais, mas omite a grave situação que enfrentam os moradores da antiga freguesia de Gondim, integrada desde 2013 na freguesia do Castêlo da Maia, mas na verdade fisicamente separada por uma barreira intransponível.

Trata-se da variante à Nacional 14, sem dúvida necessária e finalmente contruída num pequeno troço, entre o nó do Jumbo e a Via Diagonal, mas que não acautelou devidamente os direitos e interesses das populações, em particular as crianças que frequentam as escolas, os utentes do centro de saúde, os clientes dos bancos, estabelecimentos comerciais e serviços situados no Castêlo.

Na realidade, com a construção daquela via, foram cortadas as Ruas de Serafim Cruz e das Agras, ambas perpendiculares à N14 e de penetração em Gondim e de ligação a Barca, sem que tenha sido restabelecida a ligação – em viaduto sobre a Variante – pelo menos na referida Rua de Serafim Cruz.

Em várias deslocações à zona e em contactos com as populações de um e do outro lado da nova barreira, os eleitos da CDU puderam testemunhar as enormes dificuldades que, sobretudo crianças e idosos passaram a enfrentar, bem como os legítimos anseios de uma solução urgente para a travessia segura da nova via.

Na sequência de protestos das populações, foi aberto um percurso pedonal precário que atravessa a via enquanto a construção não está concluída e a variante não entra em serviço, o que aliás está previsto para dentro de poucas semanas.

É público que o Senhor Presidente garante que será instalada naquele local uma passagem pedonal. 

Porém, nas visitas que temos feito ao local, incluindo nos últimos dias - e hoje mesmo lá voltámos - , não vislumbramos um centímetro quadrado que seja de trabalhos para a implantação dessa estrutura, o que indicia que a Variante abrirá a funcionar sem que o problema esteja resolvido.

Face ao incómodo severo e mesmo aos graves riscos para as populações, a CDU entende que a Variante não deve abrir ao tráfego enquanto não estiver construída a passagem superior.     

Disse