Eleitos no Parlamento e nos órgãos autárquicos visitaram zona das obras do Aeroporto |
Com o encerramento da passagem inferior existente em Vila Nova da Telha, a alternativa possível passa por um percurso de 15 minutos em transporte individual ou superior a 30 minutos de outra forma, dificultando enormemente a mobilidade e a economia locais. A situação é mais preocupante quando as obras continuam a sofrer atrasos sucessivos com argumentos inaceitáveis.
As obras põem em evidência, por outro lado, dois graves problemas que, afectando severamente as populações locais, atingem também a maioria dos trabalhadores no Aeroporto, estimados entre 20 mil e 30 mil: a falta ou a insuficiência de transportes públicos (metro e autocarros), sobretudo em horários que cubram todos os turnos numa infra-estrutura que funciona 24 sobre 24 horas; e a escassez de estacionamento para os que são obrigados a recorrer ao automóvel individual.
Restabelecimento da circulação no túnel de Vila Nova da Telha adiado mais um ano |
Trata-se de problemas aos quais os eleitos da CDU nos órgãos autárquicos têm prestado atenção e em cuja resolução vão continuar a empenhar-se.
Condições de trabalho degradadas
Delegação reuniu-se com dirigentes do SITAVA |
Ao final da manhã, a comitiva, que era integrada também pelos responsáveis concelhios do PCP na Maia, Cristiano Castro, e em Matosinhos, André Gregório, reuniu-se com a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA).
Na reunião, foi possível confirmar que a realidade da precariedade, o recurso ao falso outsorcing e ao trabalho temporário tem vindo a intensificar-se, ao que se junta a realidade do trabalho nocturno e por turnos e horários desregulados, numa degradação das condições de trabalho e dos direitos dos trabalhadores do Aeroporto do Porto.
Aquela situação intensificou-se com a privatização da empresa ANA Aeroportos, significando, como foi transmitido ao PCP, que quem hoje vai trabalhar para o Aeroporto do Porto não tem perspectivas de progressão de carreira e/ou remuneração, tendo mais como certeza a precariedade, a instabilidade, intensos ritmos de trabalho e baixos salários – realidade que atinge milhares de trabalhadores, que vivem situações laborais precárias e extenuantes, sem qualquer perspectiva de futuro.
O PCP tem uma continuada intervenção nesta área, com propostas apresentadas na Assembleia da República, nas quais insistirá, não deixando de ter em conta esta realidade concreta.