segunda-feira, 25 de junho de 2018

CDU leva problemas do Castêlo, Milheirós e Gueifães à Assembleia Municipal

Segurança dos peões é um problema na EN 14, no Castêlo da Maia
Segurança rodoviária no Castêlo da Maia, Milheirós e Gueifães, acesso das associações a espaços municipais, exigência da concretização do Parque Fluvial de Alvura e problemas da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Maia foram alguns problemas apresentados pela CDU na sessão de hoje da Assembleia Municipal.



Em nome do Grupo Municipal, a deputada Carla Ribeiro fez a seguinte intervenção:  


No âmbito das suas actividades de contacto regular com as populações e as suas organizações, o Grupo Municipal da CDU reuniu-se em Maio passado com a Associação de Moradores do Castêlo da Maia, recolhendo assinaláveis preocupações, designadamente em matéria de fruição de equipamentos e espaços públicos, bem como de mobilidade e segurança rodoviária.
De entre elas, assinala-se a dificuldade em utilizar um espaço para reuniões e outras actividades na casa da Quinta da Gruta, uma vez que, à excepção de uma iniciativa anual, isenta de qualquer prestação, todas as demais estão sujeitas ao pagamento de uma taxa de 54,14 euros por hora (no período compreendido entre as 17:00 e as 00:00 horas, sendo um pouco inferior em períodos anteriores).
É verdade que o Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais e Respectiva Tabela[1], aprovado nesta Assembleia em 7 de Novembro de 2016[2], prevê a situação descrita, mas seria útil equacionar a possibilidade de isenção, ou pelo menos de fixação de uma taxa simbólica para as associações que não disponham de sede própria.
Assinala-se igualmente a necessidade de dotar a zona do centro da Vila – e nomeadamente junto às urbanizações “Real Castêlo” e “Castêlo Residence” – de um parque infantil e, sobretudo, de espaços de utilização livre e desporto informal e actividades lúdicas, em condições de adequada segurança para as crianças e jovens – bem como a de considerar a implantação de um espaço desportivo na área do futuro Centro Cívico.
Atravessada pela Estrada Nacional n.º 14, de tráfego rodoviário intenso, incluindo de veículos pesados de transporte de mercadorias, a vila é um dos locais mais problemáticos do concelho em termos de segurança rodoviária, exigindo medidas urgentes de contenção da velocidade e de preservação da integridade dos peões.
Trata-se de uma reivindicação justa dos moradores e que a CDU há largos anos coloca como prioridade nas suas propostas, a que o Município não pode deixar de responder.
Trata-se de um problema aliás comum a outras zonas do concelho, como Gueifães e Milheirós visitadas por nós recentemente.
Em Gueifães, na zona entre as ruas de Manuel Ferreira Pinto, do Padre Américo e as ruas e travessas adjacentes à Rua de Sá e Melo, faltam passeios, a que se junta o elevado tráfego rodoviário (individual e colectivo) em arruamentos estreitos para a circulação nos dois sentidos, o estado degradado do piso, a velocidade excessiva e a falta de passadeiras, situações que colocam a segurança da população em risco.
Em Milheirós, a Rua de Alvura, cujo perfil de “avenida” estimula, ou pelo menos “facilita”, a circulação em excesso de velocidade, necessita de uma intervenção urgente.
Freguesia ainda de feição significativamente rural, Milheirós oferece trechos paisagísticos de assinalável potencial, sendo de destacar o troço do Rio Leça e, em particular, a zona dos Moinhos de Alvura, que importa valorizar e criar condições para a fruição pública das suas margens.
Ora, apesar da anunciada abertura do Parque Fluvial de Alvura para o ano de 2017, não só não há quaisquer sinais de avanço, como nem sequer está definida a dotação de 158 mil euros em 2018 (e 100 mil em 2019) prevista no Plano Plurianual de Investimentos para a valorização ambiental e da memória desta zona.
Por outro lado, é observável um preocupante nível de poluição das águas do Leça, em parte proveniente de montante, em parte com a afluência, na zona, de descargas de águas residuais, tal como a CDU tem vindo a denunciar.
Ainda no que diz respeito à qualidade ambiental e paisagística, moradores na zona urbana de Milheirós pediram a intervenção dos eleitos da CDU quanto à situação no quarteirão constituído pela Rua e pela Travessa de Vessada, em ruínas, cujo interior está completamente tomado por matos densos, com toda a sorte de riscos que comporta.
Finalmente, gostaríamos de partilhar as nossas preocupações com os problemas na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Maia, designadamente:
  • A falta de condições das instalações, sendo necessárias fortes melhorias ou até a mudança para outro local;
  • A necessidade de aumentar o número de técnicos e outros funcionários, podendo a Câmara fazê-lo, visto que disponibiliza apenas dois; e
  • Face ao perfil de crianças, jovens e famílias acompanhadas e aos contextos em que se inserem, a disponibilização, pela Câmara, de apoios, não só económicos, mas também habitações temporárias para vítimas de violência de género, respostas sociais, entre outros.


Disse.