CDU defendeu a fixação do IMI em 0,380% para vigorar em 2018 |
Na sessão de hoje da Assembleia Municipal, a CDU defendeu a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis, tendo apresentado uma proposta nesse sentido, que foi inviabilizada pela maioria PSD/CDS.
Não há dúvida de que o Imposto
Municipal sobre Imóveis constitui o imposto directo com mais impacto na
obtenção de receita própria da Autarquia – superando mais de metade dos
impostos directos, estimada em cerca de 58% em 2017 –, sendo também evidente
que, não obstante a redução das taxas verificada nos últimos anos, os montantes
arrecadados observam uma tendência de subida, ainda que pouco significativa.
De facto, no exercício de 2015,
com a aplicação de uma taxa de 0,395%, foi obtida uma receita total de
21 448 778 euros; e no de 2016, com uma taxa de 0,39%, foram
arrecadados 21 492 151 euros. Em 2017, com uma taxa de 0,385%, que o
Executivo propõe seja mantida, o Relatório do Orçamento prevê 21 409 300
euros, faltando apurar a receita real.
Pretende o Executivo introduzir
uma dedução de 70 euros no caso dos prédios ou partes de prédio destinados a
habitação própria de agregados com três ou mais dependentes a cargo,
justificando como “uma ajuda suplementar” às famílias mais numerosas.
A CDU – Coligação Democrática
Unitária entende que, não obstante a importância deste importante recurso para
o Município, é necessário continuar a promover a descida gradual e sustentada
do IMI, o que deve acontecer de forma universal, para todos os proprietários.
Com efeito, a redução do valor do
valor do imposto através do chamado “IMI Familiar”, tendo como critério o
número de filhos dependentes, não é o critério correcto, uma vez que as
capacidades ou dificuldades se aferem pela sua situação económica e social,
incluindo o valor do prédio, e não pela dimensão do agregado.
Se se pretende promover a natalidade
e apoiar as famílias numerosas, há que contribuir para a criação de emprego com
vínculo laboral sólido e com direitos, com a valorização dos salários, com a
protecção no emprego – designadamente às grávidas e às mães –, com a redução do
horário de trabalho, com a defesa dos serviços públicos e do pleno acesso à
Saúde, à protecção social e à Educação, incluindo a uma rede pública de creches,
jardins-de-infância e escolas de qualidade.
Nesta conformidade, a CDU propõe
que:
A Assembleia Municipal fixe em 0,380% a taxa
de imposto sobre imóveis para os prédios urbanos a vigorar para o ano de 2018.