"Ponto" dos CTT em loja de seguros não é solução |
A coligação "Maia em Primeiro " (PSD/CDS) votou contra e a coligação "Um Novo Começo" (PS/JPP) absteve-se na votação da proposta de moção em defesa dos Serviços Públicos de Correios proposta pela CDU na sessão de hoje da Assembleia Municipal, que teve o apoio do BE e do PAN.
As posições daquelas duas coligações foi justificada com a exigência de controlo público dos CTT expressa na parte deliberatória da moção, que o Grupo Municipal da CDU não aceitou retirar.
A proposta de moção é do seguinte teor:
A proposta de moção é do seguinte teor:
EM
DEFESA DO SERVIÇO POSTAL E DE CONDIÇÕES DIGNAS DE ATENDIMENTO
O
serviço público e universal de Correios está sob um ataque generalizado. Os
donos dos CTT estão a transformar os Correios Públicos num banco privado, a
liquidar o serviço postal universal, a extinguir estações, a transferir para as
autarquias o custo de uma rede nacional de postos, a despedir largas centenas
de trabalhadores.
Podemos
constatar que, a partir da sua privatização, o correio é mais caro (aumento de
47% nas tarifas), mais lento e que, com a redução brutal de postos e estações,
está mais longe para as populações que deve servir.
Assistimos
ao encerramento injustificado, apesar dos protestos, de um Posto, na Rua de D.
Afonso Henriques, Zona da Areosa, que abrangia uma vasta população, em grande
parte idosa e empobrecida, oriunda de Pedrouços, Rio Tinto e Paranhos.
Num
simulacro de “substituição” daquele posto, foi “aberto” um serviço dos CTT num
espaço exíguo, sem condições dignas, designadamente de privacidade, numa loja
de seguros na Rua de António Costa Viseu.
Assim,
Considerando:
Que
os Correios, além de um serviço público essencial, são um instrumento
insubstituível para a coesão social, económica e territorial do nosso país;
Que
ao Estado cabe a responsabilidade de garantir que os serviços postais são
assegurados em condições de igualdade a todos os cidadãos, sem discriminação de
qualquer espécie,
A
Assembleia Municipal da Maia, reunida em sessão ordinária, no dia 26 de
Fevereiro de 2018,
Decide:
- Manifestar o seu profundo desacordo com o encerramento dos postos e estações de Correios que continua a ocorrer por todo o país;
- Reclamar uma solução digna para o posto da Areosa, consentânea com as exigências de um serviço público de qualidade;
- Expressar perante o Governo a sua exigência de defesa do serviço público e universal dos Correios, só possível com o controlo público dos CTT.