Posto dos CTT na Areosa encerrado |
Em nome da bancada da CDU, a deputada Carla Ribeiro apresentou ao plenário a proposta de moção:
No âmbito
de uma evidente ofensiva meramente economicista e de liquidação dos serviços
postais universais ao serviço das populações, a gestão privada dos CTT
consumou, há escassas semanas, o encerramento do posto de Correios da Areosa,
entre muitos outros.
Fê-lo de
forma impune, porque tarda uma intervenção determinada do Governo e do
regulador dos serviços postais que ponha cobro a toda a sorte de desmandos que
a privatização dos CTT, sob a forma eufemística de concessão, permitiu e abriu
campo largo – do agravamento dos custos, da ordem dos 47%, ao encerramento de
balcões, à redução de pessoal e de giros, passando por atrasos inaceitáveis na
distribuição e, em geral, pela degradação da qualidade dos serviços.
Fê-lo
também da forma mais insensível, como o demonstra concretamente o caso do posto
da Areosa, que serve várias dezenas de milhares de habitantes, não só das
freguesias de Rio Tinto (Gondomar) e Paranhos (Porto), mas também da populosa
freguesia de Pedrouços, na Maia, e, ainda, de inúmeros utentes que, nas suas
deslocações pendulares, as rentabilizavam com paragem naquele posto.
Localizado
numa zona densamente urbanizada, mas também num importante eixo rodoviário (Rua
de D. Afonso Henriques) razoavelmente servido de transportes públicos, aquele
posto representava uma efectiva garantia de acesso aos serviços postais
universais.
No
entanto, a alternativa que está a ser lançada no terreno – com a criação de
“pontos dos CTT” em muitos casos com o apoio de juntas de freguesia, noutros
através de acordos com papelarias e outras actividades – confirmou-se, no caso
da Areosa, como a que menos serve os interesses das populações em causa, aliás
caracterizada por elevado número de idosos e baixos recursos.
De facto,
o “ponto” criado em Pedrouços não garante a totalidade dos serviços,
obrigando-os a deslocarem-se ao posto dos CTT de Águas Santas, no Alto da Maia,
ou às Barrocas, junto do Hospital do Conde de Ferreira, no Porto.
Trata-se
de uma situação que o Município da Maia não pode aceitar e contra a qual deve
bater-se.
Disse.
Disse.