segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Serviço Público de Correios: intervenção de Carla Ribeiro

Posto dos CTT na Areosa encerrado


Em nome da bancada da CDU, a deputada Carla Ribeiro apresentou ao plenário a proposta de moção:



No âmbito de uma evidente ofensiva meramente economicista e de liquidação dos serviços postais universais ao serviço das populações, a gestão privada dos CTT consumou, há escassas semanas, o encerramento do posto de Correios da Areosa, entre muitos outros.
Fê-lo de forma impune, porque tarda uma intervenção determinada do Governo e do regulador dos serviços postais que ponha cobro a toda a sorte de desmandos que a privatização dos CTT, sob a forma eufemística de concessão, permitiu e abriu campo largo – do agravamento dos custos, da ordem dos 47%, ao encerramento de balcões, à redução de pessoal e de giros, passando por atrasos inaceitáveis na distribuição e, em geral, pela degradação da qualidade dos serviços.
Fê-lo também da forma mais insensível, como o demonstra concretamente o caso do posto da Areosa, que serve várias dezenas de milhares de habitantes, não só das freguesias de Rio Tinto (Gondomar) e Paranhos (Porto), mas também da populosa freguesia de Pedrouços, na Maia, e, ainda, de inúmeros utentes que, nas suas deslocações pendulares, as rentabilizavam com paragem naquele posto.
Localizado numa zona densamente urbanizada, mas também num importante eixo rodoviário (Rua de D. Afonso Henriques) razoavelmente servido de transportes públicos, aquele posto representava uma efectiva garantia de acesso aos serviços postais universais.
No entanto, a alternativa que está a ser lançada no terreno – com a criação de “pontos dos CTT” em muitos casos com o apoio de juntas de freguesia, noutros através de acordos com papelarias e outras actividades – confirmou-se, no caso da Areosa, como a que menos serve os interesses das populações em causa, aliás caracterizada por elevado número de idosos e baixos recursos.
De facto, o “ponto” criado em Pedrouços não garante a totalidade dos serviços, obrigando-os a deslocarem-se ao posto dos CTT de Águas Santas, no Alto da Maia, ou às Barrocas, junto do Hospital do Conde de Ferreira, no Porto.
Trata-se de uma situação que o Município da Maia não pode aceitar e contra a qual deve bater-se.

Disse.